2.3 Falsos sinais de radares: como derrotar os detectores de radar
A ofuscação faz parte da estratégia do governo francês contra os detectores de radar.1 Estes aparelhos bastante comuns alertam os motoristas quando a polícia está usando radares de detecção de velocidade nas proximidades. Alguns detectores de radar podem indicar a posição de uma pistola de radar em relação ao veículo do usuário e, portanto, são ainda mais eficazes para ajudar os motoristas a evitar multas por excesso de velocidade.
Em teoria, as multas são um desestímulo para a condução excessivamente rápida e perigosa; na prática, elas servem como uma fonte de renda para os departamentos de polícia e governos locais. Por ambas as razões, a polícia está altamente motivada para derrotar os detectores de radar.
A opção de regular ou mesmo proibir os detectores de radar é irrealista tendo em vista o fato de que se estima que 6 milhões de motoristas franceses sejam proprietários deles. Transformar muitos cidadãos comuns em criminosos parece ser imprudente. Sem o poder de parar a vigilância contra as pistolas de radar, o governo francês resolver usar a ofuscação para tornar essa detecção menos útil em zonas de alto tráfego, implantando conjuntos de dispositivos que acionam os sinais de alerta dos detectores de radar sem realmente medir a velocidade. Estes dispositivos espelham a estratégia da chaff, na medida em que os sons de alerta se multiplicam diversas vezes. Um deles pode, de fato, indicar um radar que detecta a velocidade real, mas qual deles? O sinal significativo é afogado em uma massa de outros sinais plausíveis. Ou os motoristas correm o risco de receber multas por excesso de velocidade ou eles diminuem a velocidade em resposta ao dilúvio de indívios de radar. E o objetivo cívico é alcançado. Não importa o que alguém possa achar dos policiais de trânsito ou dos motoristas em excesso de velocidade, o caso segue relevante como forma de ofuscação que alcança um objetivo sem destruir os dispositivos dos adversários, mas tornando-os funcionalmente irrelevantes.